terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Entrevista com a banda Rabo de Galo

        

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sinceramente...

                Nós, como banda, provenientes de uma recente explosão cultural na capital paranaense, queremos (assim como o espertinho que puxa a brasa para mais perto de seu peixe)  alertar a importância que a cena underground esta tendo na cidade curitibana, e claro, para um futuro Brasil recheado de coisa boa pra se ouvir.

                Corremos todos os dias, trabalhamos, investimos, fazemos o impossível para que aconteça de um dia chegarmos a ter voz, ter tanta voz a ponto de mobilizar uma grande quantidade de pessoas a lutar pela valorização da musica Underground, nos fazemos isso pelo amor a musica, até porque nunca ninguém nos pagou um misero centavo pelas nossas apresentações, vivemos todo esse tempo a nossa própria sorte... e vontade.
 Também estão na mesma situação outras milhares de bandas, todas elas correndo contra um tsunami capitalista que se aproveita da ignorância da maioria da população para ganhar seu dinheiro fácil as custas de músicos forjados ou bandas covers. É muito engraçado como esse jogo vem virando, aos poucos, mas virando, quem diria a uns 2 anos atrás que o Front Bar iria ser a nova casa da música Underground Curitibana, acolhendo as bandas e seu publico que vem crescendo numa velocidade impressionante. Diferente da maioria dos lugares, salvo o Velho Linos e o Lado B que pouco se importam o quão trash seja o som que esteja rolando, o apoio do público é sempre 100%. Desde o começo, quando saímos pela primeira vez de casa para tentar tocar e nos deparamos com o "Espírito Curitibano" nos chutando porta a fora, nunca tínhamos sentido essa áurea que paira sobre essa cidade atualmente.
É fácil perceber olhando os Punks do largo fazendo seus fanzines e divulgando seus eventos, prestando atenção na entrada do Front Bar quando acontece uma edição do evento Suspiro, sente-se tanta alegria que olhar para aquelas eternas bandinhas vendidas da cidade e ver o seu eterno esforço em fazer um sucesso comprado da vontade de gargalhar...  Nunca conseguiram, e nunca vão conseguir, continuar fazendo um rockzinho chinfrim e fugir da cidade desejando um lugar pra tocar entro outras milhões de bandas que tocam na rua Augusta.

 Nós e muitas outras bandas companheiras e diversas figuras da cidade, estamos fazendo diferente, não queremos sair de Curitiba para atingir o publico nacional, queremos fazer tanto alarde aqui mesmo que vai ser impossível não dar atenção a essa cena, a esse movimento, que não tem nome nem estilo.
Não fazemos musicas próprias, fazemos nossas próprias musicas, pois esse cartão de visita já estereotipado pelos curitibanos e esparramado pelo resto do país só tira a identidade de qualquer banda, faz com que o publico corra desesperado para não ouvir. Enfim, não nos falta vontade de mudar muitos aspectos que ainda atormentam músicos de todas as áreas de Curitiba e região metropolitana, sem por ninguém em nenhum pedestal, todo mundo no mesmo patamar, um verdadeiro movimento.